Escrevi essa história, há algum tempo atrás, que não me sai da cachola, e para vocês ai vai.

Multidões para nada...

Andando na praça,
eu sento num banco.
Olhando quem passa,
me matam de espanto.
E muita gente,
é uma multidão,
seus rostos suados,
não têm expressão.
Parecem fantasmas
da imaginação.
Suas vozes roucas
só pedem perdão.
das dores no coração
da fé em descompaixão.
da pobreza da alma,
da sua grande auto-enganação.
até da sua auto-estima,
são todos destituídos,
são todos condenados,
por crimes não cometidos.

                                            por Têtê Marcos Brancalhão.